Como é árduo lavar a própria roupa. Estou na terra dos bárbaros há quase quinze dias e tentei prorrogar ao máximo a feitura desta tarefa. Usei as mesmas roupas, não lavei as calças jeans e nem as blusas. Mas com o término das cuecas e meias limpas não tinha mais como adiar.
Imagina a máquina de lavar num lugar onde
tudo é de última geração. Pra se ter uma idéia, as máquinas de refrigerantes
são de touch screem. Primeiramente eu
não sabia quais produtos usar. Pensei em sabão de coco, mas fiquei com vergonha
de perguntar. Então uma colega de trabalho muito cordial resolveu me ajudar.
Anotou num papel o nome do sabão em pó e de uma parada para colocar na
secadora. Vai pensando que os caras secam a roupa no varal.
Operar as máquinas foi um sufoco. Mesmo
familiarizado com comandos em inglês, não é a mesma coisa que um computador.
Uma tarefa que deveria durar alguns minutos durou horas. Não sei até agora em
qual momento a lavadora decide abrir a porta. Sei apenas que após ligar e
desligar diversas vezes, numa delas a porta se abriu.
Passemos agora a etapa da secadora. Juro
que se tivesse lugar eu estenderia as roupas na janela ou colocaria de trás da
geladeira para secar. O negocinho que a menina pediu que eu comprasse para a
secadora era um paninho. Como ela não estava no momento da secagem, achei
aquilo frescura de mulher. Coloquei minhas roupas na secadora e ignorei o
paninho. O resultado foi que minhas roupas ficaram grudadas ao término da
lavagem e ainda ganhei um choque de brinde ao tocar nelas dentro da secadora.
Maldito seja o paninho!