Durante
cerca de dez anos estive envolvido num relacionamento com a Mary Jane. Eu a
conhecia porque ela frequentava um grupo de amigos meus. Desde o inicio nossa
relação foi muito divertida, muitas gargalhadas, altas viagens e diversas
aventuras junto dela. Juntos, eu e Mary Jane enfrentamos diversos preconceitos,
ora de amigos, ora da família. Meu pai faltou me matar quando soube de nossa
relação. Embora depois fosses vencido pelo cansaço e acabou confessando ter
tido um breve caso com ela na juventude.
Minha
relação com Mary Jane foi chegando ao fim quando ela começou a me atrapalhar.
Ela tirava minha concentração e isto me custou cinco anos de cursinho
pré-vestibular. Mas eu gostava demais da Mary Jane, ela não saia da minha
mente. Então nossa relação se tornou conflituosa quando comecei a gostar mais
da Branca do cabelo amarrado. Sim, eu e a Branca tínhamos um caso.
Eu não podia levar adiante a duas relações.
Com Mary Jane era paz, sossego e tranqüilidade. Com a branca era só adrenalina!
Eu gostava das duas, pois cada qual era especial para um tipo de ocasião. O
lugar da Mary Jane era na praia, durante o dia ou então uma ótima companhia
para o vídeo game. Já a Branca era parceira da noite, muitas vezes me acompanhava
até o sol raiar. Como as duas não combinavam, decide então abandoná-las.
Toda esta historia para dizer que no Reino
de Caliban já cruzei com Mary Jane duas vezes. Na primeira me fiz de
desentendido e fingi não conhecê-la. Já na segunda vez trocamos olhares e bateu
uma saudade. Mas por enquanto estou me fazendo de difícil. Ela esteve muitos
anos em minha vida, não quero que isso se repita. A Branca eu nem vi por aqui e
nem quero ver. Talvez role um flash back
entre eu e a Mary Jane para saber se os ares da Califórnia lhe fazem bem. Por
enquanto estou vivendo muito bem com a Loira gelada. Às vezes também dou uma
escapada com aquela que matou o padre porque ninguém é de ferro...
Um comentário:
Porra Brunão,muito leal o "jeito" como você contou da sua relação com a Mary e com a Branca, estas duas são relativamente difíceis de se relacionar mesmo né? Mas, ainda bem que a lucidez fala mais alto e no seu caso, o discernimento foi maravilhoso. Parabéns cara!
Abraço... Marquinhos!
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